Em nota oficial enviada pela assessoria do Grêmio, o presidente Romildo Bolzan Jr justificou a ausência do clube entre os apoiadores da MP 984, que altera as regras dos direitos de transmissão vigentes no Brasil, dando total autonomia de venda ao mandante do jogo.
Nesta quinta-feira, 16 clubes da Série A do Brasileirão assinaram um texto pedindo que a MP vire lei. Grêmio, São Paulo, Botafogo e Fluminense ficaram de fora do movimento:
“Neste momento inicial, o que mais temos de ter é cautela, informação e a busca por conceitos de regulação, estruturação do futebol e a distribuição mais igualitária do financiamento do futebol, com o objetivo de nivelar a competitividade. Com isso, o Grêmio não assinará o manifesto, porque entende que seria melhor aprofundar todas essas questões, e um apoio ocasional não proporciona um debate completo”, disse o mandatário do Grêmio, antes de acrescentar:
“O Grêmio está aprofundando internamente o debate sobre o assunto e formará posição estratégica de toda a regulação do futebol. Este é apenas um tema. Vamos nos preparar para o que vem pela frente, sejam as mídias, os produtos em geral, a estratégia de negociação e principalmente a identificação de compradores e valores que esses negócios possam gerar”.
Encabeçada pelo Flamengo, que iniciou as discussões do projeto em Brasília com o presidente Jair Bolsonaro, a Medida Provisória fala em dar ao mandante a “prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar ou proibir a captação, fixação, a emissão ou transmissão, a retransmissão ou a reprodução dos direitos de imagem, por meio ou processo, do espetáculo desportivo”. Nos bastidores, a MP já ganhou o apelido de “MP do Flamengo”.