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Bolzan vê “imaturidade” do Governo Federal em aprovação de MP

Durante esta sexta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro considerou como “redemocratização do futebol” a validação da MP, que delibera sobre tópicos referentes ao futebol, tendo o maior impacto na mudança nos direitos de transmissão, que agora podem ser negociados diretamente pelos times mandantes dos jogos, sem a anuência do visitante.

“Publicada a MP 984, do futebol brasileiro. Medida dá aos clubes autonomia na transmissão/reprodução de suas partidas, antes controladas por monopólios, e flexibiliza o tempo mínimo de contrato para garantir empregabilidade aos atletas neste período de instabilidade econômica. O clube mandante poderá, por exemplo, transmitir suas partidas via TV ou streaming (internet), se assim desejar. Aos atletas, serão distribuídos, em partes iguais, 5% da receita proveniente da exploração de direitos desportivos audiovisuais. Estamos democratizando o futebol”, escreveu no Twitter.

À Rádio Guaíba, também nesta sexta-feira, o presidente gremista Romildo Bolzan Jr não concordou com a postura do chefe do Executivo brasileiro e lamentou a falta de união dos clubes, entendendo que apenas o Flamengo foi privilegiado.

“Um ato pequeno para um enorme problema, uma enorme consequência, que poderá ser positiva ou negativa, mas a maneira como foi feito, despropositado, sem conteúdo, demonstrou uma imaturidade política, de quem pede e de quem aceita”, comentou, antes de acrescentar:

“A matéria tem mérito, mas a forma como foi encaminhada, um só clube, debate por um governo inteiro, sem se criar a condição de diálogo, sem consultar os demais está equivocada”, avaliou. “Só existe um caminho para esta MP, não ser aceita pelo Congresso, pois não tem caráter de urgência. Devolver para o governo e estabelecer uma conversa sobre o tema”, sugeriu. “Em um momento que estamos com 70% dos contatos televisivos suspensos, temos de reagir, os clubes precisam debater para não serem escolhidos pelo debate”.

De acordo com o presidente gremista, Grêmio e Inter estão alinhados e não estão favoráveis à medida, pois ela “fere o debate coletivo”.

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