A única vez em que o Flamengo venceu a Libertadores da América foi sob o comando de um gaúcho: Paulo Cesar Carpegiani.
Em entrevista ao GauchaZH, Carpegiani falou sobre vários aspectos do jogo.
Sabendo da qualidade do clube carioca, o treinador fala em equilíbrio no confronto da Libertadores:
– Uma partida de futebol é imposição de um estilo sobre outro, e teremos dois estilos diferentes. O futebol tem lógica, e a lógica entre Flamengo e Grêmio, pela grandeza dos clubes, é de equilíbrio. É muito difícil dizer quem vai ganhar. Já a comparação de equipes permite estabelecer um favoritismo. O Grêmio está subindo de produção, enquanto o Flamengo tem mais destaques individuais – disse Carpegiani.
Para ele, o Flamengo entra em campo levemente favorito:
– Pela campanha do Flamengo, no momento, ele pode ser apontado como favorito, mas o Grêmio é o time mais apropriado para enfrentá-lo. Nenhuma outra equipe no Brasil tem possibilidades como o Grêmio de ganhar do Flamengo. Tem toque, rapidez e manutenção da posse de bola.
Confira outros trechos da entrevista:
Com as características do Flamengo, o que achas que o Grêmio vai explorar?
O Flamengo é muito rápido, com jogadores criativos e técnicos, não é bom entregar a bola para o Flamengo. O Grêmio do Renato tem toque de bola e jogadores decisivos. Pelo lado esquerdo de ataque, acho que o Everton Cebolinha pode fazer a diferença. Vejo no lado direito da defesa do Flamengo uma brechinha a ser explorada.
Você tem algumas restrições ao técnico Jorge Jesus. Por quê?
Ele é um grande treinador . O que eu não gostei foi do que ocorreu quando da vinda dele. O fato de ter ido ver o Flamengo jogar já apalavrado com a diretoria enquanto o Abel estava contratado foi muito ruim. É uma coisa de caráter. Isto beira a falsidade. Ele pode ser um grande técnico, mas lhe faltou caráter. O Abel ficou muito magoado. Agora, quando ele (Jorge Jesus) faz qualquer tipo de crítica, tem que lembrar que sua postura não foi digna de alguém do seu naipe.