Dando continuidade à profunda reformulação dentro do seu quadro de profissionais, a CBF demitiu 10 pessoas nesta semana vinculadas à operação da arbitragem no Brasil. Dentre as saídas está a de Sérgio Corrêa, que vinha sendo o responsável pelo VAR no futebol brasileiro.
O início das mudanças foi a partir da chegada de Wilson Luiz Seneme, ex-árbitro, para chefiar a Comissão Nacional de Arbitragem. Antes dele, o cargo era ocupado pelo antigo juiz gaúcho, Leonardo Gaciba, alvo de muitas críticas nos últimos tempos.
“Há situações de jogos que não são bem colocados. Um exemplo é um árbitro no Mato Grosso do Sul e que seja escalado para apitar no interior da Bahia, em uma distância de 3 mil km de ida e volta. Se colocar o custo de uma passagem aérea de um traslado desse, é alto. Pode ter um árbitro da própria região trabalhando e manter a neutralidade”, disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista publicada pelo UOL.
O Grêmio, que vem se sentindo prejudicado desde 2021, teve reunião recente com Seneme, que concordou que houve pênalti em Ricardinho na derrota de 1×0 para a Chapecoense na Arena.
+ Dirigente do Grêmio revela bastidores da reunião na CBF para tratar de arbitragem
“A Série B será muito acirrada, sem dúvida. Fui na CBF em nome do Grêmio e a pedido do presidente. Dei boas-vindas e disse que o Grêmio está à disposição para colaborar. Não daremos pontapé nem nada fora das regras. Eu já conhecia o Seneme, um cara muito bem postado e posicionado. Me recebeu super bem”, disse o vice de futebol Denis Abrahão na última coletiva, antes de acrescentar:
“Ficou admirado que o Grêmio não ficou na primeira divisão. Mostrei fatos do ano passado que ele concordou totalmente comigo. Isso que machuca. E a CBF reconheceu que foi pênalti no Ricardinho. Que vou fazer? Nada. Mas está registrado. Minha obrigação é defender o Grêmio e mais nada”, relatou Abrahão.