A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está em processo de diálogo com as federações estaduais para repensar o formato dos campeonatos estaduais, com a proposta de uma reforma que visa iniciar em 2026. As discussões, lideradas pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, apontam para uma redução significativa das datas, a exemplo do que já ocorre com o Campeonato Mineiro, que é disputado em apenas 12 datas.
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A principal motivação da CBF é atenuar a “maratona” de jogos enfrentada pelas equipes ao longo do ano, que muitas vezes gera críticas por parte dos clubes e profissionais da área devido ao desgaste e ao apertado calendário do futebol brasileiro. Este excesso de partidas compromete não só o desempenho físico dos atletas, mas também a qualidade técnica das competições.
Entretanto, a proposta de reforma encontra potenciais obstáculos. Os clubes que mais frequentemente reclamam do atual calendário são também os que podem resistir às mudanças, dada a relevância financeira e de tradição que os campeonatos estaduais detêm, especialmente para os times de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Desafios da Reforma: Clubes grandes como obstáculos
Os clubes grandes destes estados são vistos como possíveis resistências à proposta de enxugamento do calendário. Embora reclamem do número extenuante de jogos, estes times têm nos campeonatos estaduais uma fonte relevante de renda e visibilidade, além de representar uma oportunidade para que as equipes reservas e as categorias de base ganhem experiência em situações de jogo reais.
O Palmeiras por exemplo, ao se sagrar campeão do Paulistão desse ano, embolsou mais de R$ 50 milhões em receitas gerais.
É válido dizer também que as equipes pequenas também devem ser contra as mudanças, já que os jogos em casa, geralmente contra os clubes grandes, geram mais receitas. Sem falar na transmissão das partidas em que jogam sob seus domínios. Valores esses que são grande parte dos orçamentos desses clubes para o restante do ano.
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A tensão entre a necessidade de preservar a saúde dos jogadores e manter a sustentabilidade financeira das entidades esportivas será um dos principais desafios para Rodrigues e a CBF no estabelecimento de um novo consenso.
