Árbitro renomado da atualidade do futebol brasileiro, Anderson Daronco carrega consigo até hoje o peso de não ter dado cartão vermelho nem falta de William no lance em Bolaños, em 2016, em Gre-Nal empatado em 0x0 na Arena – o jogo valia tanto pela Primeira Liga como pela fase inicial do Gauchão.
Com o cotovelo, o então jogador colorado acertou em cheio o rosto do equatoriano, que teve fratura na mandíbula, precisou fazer cirurgia e só voltou a jogar depois de 40 dias.
“Eu saí para apitar um jogo na Colômbia após esse Gre-Nal. Na segunda de manhã, e eu já estava tomando pau de tudo quanto era lado, eu já saí dando entrevista pro Potter e pra Kelly na Rádio Gaúcha. Saí falando e tinha uns corneteiros da arbitragem do meu lado indo pra pra viagem, o Heber Lopes e o Marcelo Van Gasse. Aí fui ouvindo mimimi, que eu não sabia apitar Gre-Nal, que qualquer um apitava e eu só apanhando. A cabeça a mil, ninguém sabe o que é passar por isso”, relembrou Daronco em entrevista ao jornalista Duda Garbi.
Daronco foi o árbitro do fatídico Grenal
Na sequência, Daronco contou um fato bastante curioso ocorrido no aeroporto antes de voltar a Porto Alegre:
“Viajamos toda a noite pra voltar de Medellín e chegamos em Guarulhos umas cinco da manhã. Havia dois torcedores do time em questão e lá de longe começaram a xingar. Eu estava estourado e abri a caixa de ferramenta xingando de volta. Eu ia ir pra cima. O Van Gasse mandou em parar, me segurou e o Heber botou pilha para eu ir (risos). Só que passou. Fiquei esperando até umas 10h o voo para Porto Alegre e depois no outro saguão reencontrei esses dois caras. E o mesmo começou a xingar de novo. Saguão lotado, nós nos encarando. Daqui a pouco olho pra baixo ele estava de pantufa. Daquelas pantufas de avó. Eu não vou brigar com um cara assim. Eu disse ‘para tudo’. Qualquer um poderia me cornetar do jogo, mas o cara de pantufa não (risos)”, concluiu.