O vice‑presidente do Grêmio, Eduardo Magrisso, esclareceu a polêmica sobre a antecipação de valores do contrato com a TV Globo, firmado por meio da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) para a venda dos direitos de transmissão de seus jogos.
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Na manhã desta terça‑feira, o jornalista Diego Torbes informou que o Tricolor já havia antecipado cerca de R$ 119 milhões do novo acordo, elevando a dívida do clube para R$ 558 milhões. Em entrevista à Rádio Gre‑Nal, Magrisso explicou que se trata de uma prática comum entre os clubes brasileiros. Parte das receitas foi antecipada para aliviar o fluxo de caixa.
“O Grêmio tem um fluxo de caixa apertado e antecipa receitas. O Campeonato Brasileiro funciona assim: 40% da receita é pela participação, então isso é pago para o Grêmio em 12 vezes. 30% é conforme e audiência e 30% de acordo com a colocação no campeonato”, disse Magrisso, antes de completar:
“A audiência e a colocação nós só vamos saber no final do ano. O que o Grêmio faz? O Grêmio antecipa essas parcelas e quando chega em dezembro, o Grêmio compensa com aquilo que tem direito com o que antecipou”.
Antecipação dos valores compromete o futuro do Grêmio?
Magrisso reforçou que os valores não comprometem os orçamentos futuros do Grêmio e serão integralmente compensados. O dirigente, mais uma vez, afirmou se tratar de uma prática comum, citando Internacional, Palmeiras e Flamengo como exemplos.
“Essa é uma operação que todo mundo faz (…) Vamos lá: quando eu pego um valor emprestado para adquirir um jogador, como a gente comprou o Monsalve por, por exemplo, 1,5 milhão de dólares, eu antecipo esse dinheiro que eu não tenho, mas fico com o ativo. Quando eu vendo o jogador, eu realizo o ativo”, esclareceu o dirigente, antes de acrescentar:
“Isso não significa que o Grêmio tenha antecipado valores de exercícios futuros, essa é uma operação que acontece sempre. É uma conta-corrente que não vai parar nunca (…) Grêmio, Inter, Palmeiras, Flamengo… qualquer clube faz essa operação quando precisa de caixa”.