O meia Giuliano, atualmente no Santos e ex-jogador do Grêmio, sugeriu uma paralisação geral do futebol brasileiro diante da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. Em suas declarações, feitas após a vitória do Santos sobre o Guarani por 4 a 1, pela Série B do Campeonato Brasileiro, ele destacou a necessidade de reflexão e questionou se “um gol vale mais do que uma vida”.
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“Qual é o preço de uma vida? Será que um gol vale o preço de uma vida? Estádio cheio e as pessoas sofrendo [no RS]. É um momento de reflexão para todos nós. Os brasileiros amam futebol, mas até que ponto vale você não parar o futebol e deixar as pessoas sofrendo?”, disse Giuliano durante o programa “Boleiragem”.
Ele propôs uma paralisação geral no futebol para que toda a atenção seja dada às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, bem como para a recuperação psicológica dos jogadores.
“É momento de reflexão para o futebol brasileiro, de que temos de ser solidários. O futebol fica em segundo plano. Temos que amar as pessoas, o ser humano. Não sei se a federação, os jogadores, os clubes… Acho muito válida uma parada. Não apenas para treinamento, mas para reconstrução psicológica dos jogadores, das pessoas que sofreram com isso até que a gente tenha condições de voltar com o campeonato”.
Marchesín, goleiro do Grêmio, também pede paralisação no futebol
O goleiro Marchesín, do Grêmio, também se manifestou, expressando sua insatisfação com a CBF devido à falta de sensibilidade da entidade diante da crise climática no Rio Grande do Sul. Nas redes sociais, ele pediu maior empatia para lidar com a “maior catástrofe da história de um estado”.
“É triste ver como a vida continua ‘normalmente’ nos grandes centros do país. O futebol segue como se nada tivesse acontecendo”, afirmou Marchesín.
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“É a maior catástrofe da história de um estado. Dezenas de vidas perdidas. Famílias inteiras desabrigadas, crianças, animais… É uma situação extremamente triste nunca antes vista no RS”, prosseguiu.
O goleiro também criticou a postura da CBF, enfatizando que a entidade deveria entender que o momento requer foco total no salvamento de vidas.
“Acredito que a entidade máxima do futebol no Brasil deveria entender que o momento é de foco total em salvar vidas e abrigar as famílias. Todos sabemos que a vida não pode parar, mas ignorar a dor alheia nessas condições é falta de senso de humanidade e de respeito”, completou.