O Futebol Clube Cascavel ingressou com uma ação na Justiça para ter acesso aos detalhes do contrato de venda do meio-campista Bitello, que foi negociado pelo Grêmio com o Dinamo Moscou, da Rússia. A motivação da equipe paranaense é baseada na não recepção dos valores a que afirma ter direito referentes à transação do jogador, protagonizando um imbróglio jurídico que agora se encaminha a ter novo capítulo nos tribunais.
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Bitello, cuja transferência ao clube russo foi acertada por uma quantia de 10 milhões de euros, aproximadamente R$ 53 milhões, havia deixado uma cláusula clara de que o Cascavel deveria receber 30% deste montante sobre uma eventual revenda. Entretanto, o Grêmio ainda não efetuou o repasse do valor correspondente ao clube onde Bitello foi formado.
O negócio foi estruturado de modo parcelado, e de acordo com as informações, o Cascavel deveria ter obtido 30% sobre a parcela inicial paga pelo Dinamo Moscou. A segunda parcela da venda está agendada para a metade do próximo ano.
Como consequência da inadimplência, o Cascavel decidiu acionar a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), um órgão estabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com o objetivo de solucionar controvérsias esportivas.
Questões contratuais e entraves com empresários
Um fator adicional neste caso é a questão relacionada ao pagamento de comissões para os empresários. O Grêmio, por conta de uma troca de representantes do jogador antes da formalização da venda, não repassou o valor referente à comissão aos agentes.
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O Cascavel alega que, sem acesso ao contrato de venda, não pode verificar as condições estabelecidas e assegurar que seus interesses sejam respeitados, evidenciando uma disputa que vai além do campo e se estende às esferas jurídica e administrativa do futebol.