O presidente Romildo Bolzan representou o Grêmio no encontro entre os principais clubes brasileiros que debateu a Medida Provisória que fez alterações na Lei Pelé na última semana. O ato do Governo Federal criou um ambiente de polêmica entre os dirigentes, já que a atitude do Presidente da República, Jair Bolsonaro, foi vista como um ato para benefício específico do Flamengo.
Em entrevista, Bolzan comentou a sua posição no encontro.
“O encaminhamento sem um grande debate preliminar é infrutífero e garante que o processo não irá adiante. Quando se faz uma medida provisória dessas, você precisa saber exatamente o contexto de tudo. Primeiro, grande parte dos clubes brasileiros estão amarrados em contratos de direitos de imagem. Quem não está com a Globo, está com a Turner. Por tanto, os efeitos da MP são específicos para o Campeonato Carioca ou campeonatos com menores valores econômicos. Então, o impacto é pequeno, mas o ambiente de insegurança para o futuro é enorme. Não sabemos as consequências disso, mas como a maioria dos contratos vão até 2024 temos um longo período de tempo para consensualizarmos”, posicionou-se Romildo em entrevista a Rádio Bandeirantes, de São Paulo.
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O Grêmio tem sugerido nos bastidores que os clubes precisam aproveitar a oportunidade para pressionar o Congresso Nacional a dar continuidade a um projeto antigo que circula por Brasília: a Lei Geral do Esporte. Para o presidente gremista, a MP assinada por Bolsonaro não se manterá em vigor e as instituições que compõe o cenário futebolístico brasileiro precisam aproveitar para criar um ambiente de união e iniciar uma reestruturação do esporte no país.