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Grêmio viaja para a Argentina e espera ‘clima de guerra’ para jogo contra o Tucumán pela Libertadores

Clima hostil, torcida cantando sem parar e um time de qualidade do outro lado. É isso que o Grêmio espera encontrar na Argentina nesta terça-feira, na primeira partida das quartas de final da Libertadores contra o Atlético Tucumán. Embora o adversário não tenha muita tradição no cenário sul-americano, o Tricolor prevê um jogo difícil e adota discurso de total respeito ao rival. A ponto de considerar o empate um bom resultado.

Não à toa. Em 115 anos de vida, o Atlético Tucumán navega pelo melhor momento de sua história. O modesto Decano, como o clube é conhecido, eliminou o Atlético Nacional-COL nas oitavas de final e já faz a torcida sonhar com uma vaga na semifinal na Libertadores em sua segunda participação no torneio. De quebra, a equipe assumiu provisoriamente a liderança do Campeonato Argentino na última sexta-feira, ao bater o Tigre por 3 a 0.

– A gente espera uma grande batalha lá. Não vai ser um jogo fácil. Quem chegou nesse momento é porque tem um time bom. Pode não ser um clube tão representativo no cenário do futebol sul-americano, mas não tenha dúvida que para chegar em uma quartas de final de Libertadores, ser líder do Campeonato Argentino, tem que ter qualidade. Talvez seja o maior jogo da vida do clube, então a gente está preparado para um ambiente bastante decisivo, hostil, pesado, como os argentinos sabem fazer – alertou o diretor de futebol Alberto Guerra.

A expectativa é de estádio lotado e pressão vinda das arquibancadas. Com capacidade para 35 mil torcedores, o Estádio Monumental José Fierro costuma ser um caldeirão para os visitantes. Na última Libertadores, por exemplo, nenhuma partida do Tucumán em casa teve menos do que 30 mil presentes no local.

O time comandado por Ricardo Zielinski, técnico sensação na Argentina, tem no contra-ataque o seu ponto forte. E conta com a boa fase do atacante Luis Miguel "La Pulga" Rodrigues, estrela da equipe e autor de três gols na vitória sobre o Tigre. Ao menos no discurso, o Tucumán se vê como "franco-atirador" no duelo contra o atual campeão e joga todo o favoritismo para o lado do Grêmio.

Questionado sobre que postura esperar do rival argentino após a vitória de sábado sobre o Paraná, Renato Gaúcho afirmou que não vai mudar o estilo de jogo do Grêmio, mesmo fora de casa. Mas alertou que a equipe não pode repetir o mesmo começo do duelo contra o Estudiantes, nas oitavas de final, quando o Tricolor saiu perdendo por 2 a 0 logo nos primeiros minutos. Kannemann descontou ainda no primeiro tempo no jogo de ida, e a classificação só veio nos pênaltis, após o Tricolor devolver o placar em Porto Alegre.

– Independente de como vier o adversário, o Grêmio está pronto. O Grêmio tem sua maneira de jogar, sempre falo que independente da competição, local. Eles precisam do resultado. Quem está jogando em casa é o Tucuman. Vamos tentar trazer para Porto Alegre o menos possível de encrenca. Buscar um bom resultado lá. Não tem jogo fácil, deu pra ver contra o Estudiantes. Em 20 minutos lá o Grêmio deu mole, que sirva de lição para não dar mole contra o Tucumán – destacou Renato.

O treinador poupou os titulares no Brasileirão e deve ter força máxima na Argentina. Com algumas exceções. Léo Moura, que enfrentou o Paraná, sequer viaja e será substituído por Leo Gomes na lateral direita. Com Jael e André lesionados, a dúvida é sobre quem entra no time. A tendência é que Luan atue como "falso 9", com o acréscimo de um meio-campista na equipe. Mas Renato tem outras opções.
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O grupo tricolor faz um último treinamento neste domingo em Porto Alegre e em seguida embarca para a Argentina. A partida contra o Tucumán ocorre às 21h45 (de Brasília) de terça-feira, no estádio Monumental José Fierro. O jogo de volta está marcado para o dia 2 de outubro, na Arena, em Porto Alegre.

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