O presidente Alberto Guerra não falou abertamente, mas deu a entender que estuda a possibilidade de transformar o Grêmio em uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), modelo de gestão que transformaria o clube em uma empresa e venderia as ações para um investidor.
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Em seu discurso na festa de aniversário do Grêmio, na noite da última quinta-feira, o mandatário não tocou diretamente no tema, mas afirmou que o “negócio futebol” mudou e que o clube deve olhar para si e encontrar meios estruturados para seguir competitivo. Guerra finalizou dizendo que, seja qual for a decisão interna, espera que a torcida siga unida com a instituição.
“Queria deixar uma mensagem para refletirmos. Estamos em um momento em que o clube deve olhar para si para que sejamos mais fortes para fora. O negócio futebol mudou e precisamos encontrar meios estruturados desta atividade para que sigamos competitivos sem perder nossa identidade”, disse Alberta Guerra, antes de completar:
“Entendo a polêmica do assunto e que isso nos traz a mente experiências não muito boas, mas seja qual for a nossa decisão interna, é importante sairmos unidos, aceitarmos as consequências e alinhar as expectativas”, finalizou o dirigente.
O que o Grêmio precisa fazer para se tornar uma SAF?
O modelo de gestão SAF é a maior tendência na atualidade no futebol brasileiro, com grandes equipes como Cruzeiro, Botafogo e Vasco, aderindo o modelo de gestão, no qual as ações do clube são vendidas para um investidor que passa a ser o proprietário, mas seguindo uma série de diretrizes, como a obrigação de quitação das dívidas, investimento em reforços e estrutura, além da impossibilidade de mudança do nome e cores da instituição.
As regras para aprovação de uma SAF variam de clube para clube, mas de modo geral e no caso do Grêmio, a proposta deve partir da atual gestão em direção ao Conselho Deliberativo para análise e votação.