Uma das notícias que mais chamou a atenção do esporte no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (20), foi a de que um grupo de investidores havia comprado parte da dívida da OAS, na construção da Arena do Grêmio.
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A dívida, que originalmente totalizava R$ 226,39 milhões devido pela OAS aos bancos financiadores da construção do estádio, encontrou uma resolução parcial através da intervenção do SDG II Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados.
Este fundo, sob a administração da paulista Reag – conhecida por seus investimentos anteriores no projeto do Cais Mauá –, comprou uma parcela substancial da dívida, assumindo a posição de credor de R$ 150,9 milhões. Essa movimentação financeira ocorreu com a aprovação dos bancos Santander e Banco do Brasil, enquanto o Banrisul optou por manter sua parte da dívida, que soma aproximadamente R$ 75,46 milhões.
A decisão dos bancos de vender parte da dívida a um valor reduzido para o fundo de investimento marca uma virada estratégica, possivelmente evitando um leilão da Arena, que estava sendo considerado como uma solução para o impasse financeiro. Tradicionalmente, fundos de investimento buscam resolver pendências financeiras fora do âmbito judicial, sugerindo que este acordo poderá facilitar uma resolução mais rápida e menos litigiosa para a situação.
Importante destacar, essa aquisição de dívida não altera a estrutura de gestão do estádio, que continua sob a responsabilidade da Arena Porto Alegrense, com o contrato vigente até 2032. A direção do Grêmio esclarece que o clube não está envolvido nesta negociação, tendo já quitado quaisquer dívidas diretamente associadas a ele.
Leilão da Arena do Grêmio?
A notícia da aquisição da dívida surge como um alívio, especialmente após o Tribunal de Justiça de São Paulo ter suspendido a penhora da Arena em setembro de 2023, uma decisão que reconheceu a necessidade de aguardar o julgamento de um processo correlato no Rio Grande do Sul. Esta suspensão temporária ofereceu uma janela para a busca de soluções conciliatórias como esta.
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Com a Arena do Grêmio avaliada em cerca de R$ 700 milhões, este desenvolvimento não apenas afasta o fantasma de um leilão forçado, mas também promete trazer mais estabilidade financeira e operacional para um dos palcos mais emblemáticos do futebol brasileiro.