“Homem do cofre” do falecido presidente Fábio Koff, em 2013, Diego Lugano falou sobre a recusa de jogar no Grêmio na oportunidade. Com proposta gremista em mãos, o uruguaio pensou sobre a possiblidade da transferência e, oito anos depois, em entrevista ao “Jornal Pioneiro”, deu a sua explicação.
“Eu fiquei muito surpreso, muito grato e só não tomei a decisão de vir, por causa do São Paulo, porque eu fiz a promessa para a torcida de que se voltasse para a América do Sul seria para o São Paulo. Bom, como bom uruguaio, tenho mil defeitos, mas tenho palavra”, disse ao recordar.
Sem ter o nome citado, Lugano foi o pivô da campanha de Fábio Koff para a presidência do Grêmio no início da década passada. Ao garantir que tinha um grande nome acertado para o clube, o histórico dirigente conquistou a curiosidade dos torcedores, mas não conseguiu efetivar o reforço. A direção chegou a enviar representantes para tentar convencer o jogador.
“O que me chamou, que me balançou, foi que o Rui Costa, que era diretor esportivo naquela época, estava implantando uma nova etapa, um novo estádio, nova direção, e eles queriam uma imagem forte, um líder. Eu disse para ele: ‘mas eu não tenho nada a ver com o Grêmio, eu sou São Paulo, sou uruguaio, por que eu?’. Aí ele me contou que fizeram uma enquete com os torcedores, de quem deveria ser essa figura, e 85% falaram que teria que ser Lugano. Aquilo me surpreendeu, porque futebolisticamente eu não tinha nada a ver com o Grêmio”, argumentou o ex-zagueiro, que defendia o PSG (FRA) na ocasião.