Sempre grato ao Grêmio, que foi o clube que impulsionou a sua carreira, Mano Menezes relembrou à Rádio Gaúcha aquele que certamente é o jogo mais emblemático e também memorável que já viveu: a Batalha dos Aflitos, contra o Náutico, em 2005, na decisão da Série B.
Com quatro jogadores expulsos no total, logo depois da marcação do segundo pênalti, Mano relembrou que teve uma conversa decisiva com o então presidente Paulo Odone. Em pauta, tirar ou não o time de campo.
“Fomos escolhidos para viver aquele momento. Nunca existiu algo parecido e não vai existir. O Grêmio esteve a ponto de não continuar na partida, mas o presidente Paulo Odone e eu tivemos um momento de lucidez. Eu lembro de ter falado para ele que, quando o time sai de campo, duas pessoas seriam responsabilizadas. O presidente e o técnico. Ele disse que eu tinha razão e que iríamos ficar. Essa foi a decisão mais importante da história do Grêmio nos últimos anos”, comentou.
Mano, que está sem clube desde a demissão do Palmeiras em 2019, se mostrou grato ao tricolor pela chance recebida há 15 anos.
“Terminou a Copa do Brasil e eu voltei para a casa. O Caxias estava na Série B (em 2004). Estava nas últimas colocações e me convidaram. Tivemos uma reação. Faltou um ponto para classificarmos para a próxima fase. Continuei no Caxias em 2005. No dia 21 de abril, faltando três dias para o início da segunda divisão, o Grêmio demite o Hugo de León e me chama para ser o técnico. Foi a grande oportunidade da minha vida”, concluiu.
Flamengo, Corinthians e Cruzeiro são outras grandes camisas do futebol brasileiro que constam no currículo do treinador gaúcho, além da Seleção.