Em entrevista ainda recente ao Esporte Interativo, o lateral-esquerdo e meia da Chapecoense, Alan Ruschel, surpreendeu ao fazer duas declarações que, ao menos em tese, não se complementam: o fato de ser colorado desde criança, mas de manter o desejo de jogar no Grêmio.
Ele foi atleta do Inter entre 2014 e 2015 – o clube gaúcho renovou o seu contrato e ofereceu toda a estrutura para a recuperação quando o atleta sofreu o acidente aéreo com a Chapecoense. Mas ele optou por permanecer em Chapecó.
“Eu, como atleta profissional, já revelei o time que eu torço. Mas estou falando de torcida apaixonada, de clube que projeta, que tem as características minhas como atleta também. É um clube que eu gostaria de ter jogado. O Grêmio mexe comigo, assim como o Corinthians tem uma torcida fenomenal”, mencionou.
Avesso a polêmicas, o jogador lembrou que “futebol não é uma guerra” e que dentro de campo não alimenta inimizades:
“A gente tem que separar as coisas. O futebol não é uma guerra, é um esporte. Lá dentro do campo eu não tenho inimigos, mas adversários. Eu sou colorado e no Inter eu tive a oportunidade de jogar. Também gostaria de jogar no Grêmio, que tem uma torcida apaixonada assim como a do Inter. Mas o Grêmio, assim como o Corinthians, tem essa característica de ser guerreiro e copeiro. São dois clubes que eu me identificaria muito”, acrescentou.
Em janeiro de 2018, Alan, já recuperado, rescindiu o contrato com o Inter e assinou por três temporadas com a Chape, com vínculo indo até 2020. Após um período curto cedido ao Goiás, voltou ao Verdão do Oeste neste ano.