No calor dos debates pós-Gre-Nal, o desempenho de Kannemann no clássico tem sido um tópico quente entre os torcedores do Grêmio. Enquanto alguns questionam sua titularidade, apontando para a idade e um suposto desgaste físico, é necessário reavaliar as contribuições do zagueiro argentino com uma visão mais objetiva e menos passional.
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Kannemann não apenas merece manter sua posição como titular, mas continua sendo um dos pilares do time comandado pelo técnico Renato Portaluppi. Sua atuação no clássico contra o Internacional prova isso. Kannemann foi, sem dúvida, um dos melhores em campo, mantendo Enner Valencia em xeque durante grande parte do jogo.
Kannemann é o típico “carregador de pianos”, que suja o calção para outros jogarem. Não esperem um futebol refinado dele.
Embora tenha sido envolvido em um lance polêmico que resultou em um pênalti no último minuto do Gre-Nal, é injusto atribuir a culpa exclusivamente a ele. Na minha visão, Kannemann estava tentando compensar um buraco na defesa que permitiu a Alan Patrick avançar sem maiores problemas.
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Kannemann está velho? No futebol moderno, 32 anos não é sinônimo de declínio. Nesta mesma faixa etária de idade, Pedro Geromel era campeão da América com o Grêmio e vivia seu auge.
O problema não é a idade ou a capacidade individual de Kannemann, mas sim o problema de jogar com um meio de campo frouxo, que não marca ninguém. Não há defesa que aguente.
Abraços,
Jonatas Bitencourt
Esta é uma publicação de opinião do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião do Gremistas.