O planejamento feito pelo Grêmio no início da pandemia está sendo revisto pelo presidente Romildo Bolzan. O motivo é o longo tempo de congelamento do calendário competitivo, que tem previsão de retomada para julho. Como o projeto emergencial gremista abordava um período de três meses sem jogos, novas medidas estão sendo estudadas pelo clube.
O motivo de preocupação é que o Grêmio não demitiu ninguém e nem pretende tomar tal atitude. Porém, para isso se confirmar, alternativas precisarão ser criadas pelos dirigentes. A negociação em cima dos direitos de imagem dos jogadores foi importante para aliviar o caixa, mas não está descartada uma nova tratativa para debater os salários, assim como fez o rival, Internacional.
“Achávamos que o diagnóstico de três meses poderia ser suficiente. Talvez não seja. Precisamos jogar francamente essas questões. O nível de arrecadação que trabalhamos em um primeiro momento não correspondeu com o nível de arrecadação que veio depois. Contratos foram suspensos, diminuídos, renegociados, assim como o Grêmio conseguiu renegociar seus vários contratos. Mas aquilo que significa a perda está muito superior ao que significa as nossas condições de retirada do fluxo de caixa das nossas despesas”, explicou o mandatário gremista.
A queda no quadro social ocorrida no último mês preocupou ainda mais a diretoria. A tendência é que o número de sócios com mensalidades atrasadas aumente, gerando maiores prejuízos. Apesar do cenário alarmante, Romildo tenta manter a confiança em dias melhores.
“Poderá significar uma passagem um pouquinho dramática, mas que logo ali na frente possamos recuperar a nossa perspectiva de sermos competitivos”, finalizou.