Em entrevista concedida nesta semana ao portal GaúchaZH, o presidente gremista Romildo Bolzan Jr tratou de diversos temas e não ficou em cima do muro ao ser perguntado sobre o maior aprendizado que 2020 deixou. Sua resposta, claro, teve elo com as dificuldades impostas a todos pela pandemia do novo coronavírus.
Veja as principais aspas de Bolzan nessa entrevista, que teve assuntos como Pepê, premiações, política e final da Copa do Brasil:
Situação de Pepê:
“Eu, particularmente, vou fazer um empenho danado para manter os jogadores ao menos até o final da Copa do Brasil. Acho isso necessário. Quando fizemos o raciocínio da permanência do Pepê, nós tínhamos a convicção, e continuamos tendo, de que ele era fundamental para termos perspectiva de vitórias, de campeonatos. Se por acaso tiver uma situação que não dê mais para sustentar, vamos ver o que acontece. Já temos jogadores que podem substituir, e isso é perfeitamente possível, mas nesse momento seria conjecturar demais, porque não temos nada concreto para avaliar”
Premiação da Copa do Brasil:
“Seria a lógica, mas não é assim que funciona. Tem condições negociais que independem disso e que são importantes. Quando houve a proposta pelo Pepê no meio do ano, fizemos esse raciocínio e seguramos, mas tem outras situações em que não se consegue, que envolvem contratos e outras questões que vão além”
Maior aprendizado de 2020:
“Foi uma experiência inédita. Praticamente se desativou a vida profissional minha e de vocês (imprensa) da forma como era, e ainda não voltou ao normal. No ponto de vista do Grêmio, tivemos de nos reinventar para passar por tudo isso. O que mais eu trago de aprendizado é que o homem é capaz de ter um instinto de sobrevivência fantástico. Ele consegue se adaptar, se organizar, sobreviver e compreender as dificuldades. O que fica para mim é esse instinto de sobrevivência. Esse é o maior legado que esse momento vai nos deixar”
Renovação de Renato:
“Creio que vai ser uma renovação natural, até porque no futebol brasileiro eu não vejo uma situação de algum clube conseguir cobrir todas as dimensões, não só as salariais, mas, principalmente, a forma de relacionamento que o Renato tem conosco aqui, com o clube e com a torcida. Só em situações excepcionalíssimas, que fujam do nosso controle (não renovará). Acredito que acertaremos rapidamente a renovação. É um custo-benefício barato porque, além de ser um treinador que ganha títulos, ele toma conta de várias atividades e tem um gerenciamento que vai além da situação técnica. Ele se preocupa com tudo e acaba sendo um treinador barato. Na verdade, barato eu não diria, mas dentro do preço do que se paga e é justo (o salário). Essa questão é mais importante”
Possível candidatura na política em 2022:
“Não tenho a mínima perspectiva nesse sentido. Meu compromisso é com o Grêmio, e meu raciocínio sempre foi o mesmo. Se tem candidatura, não tem clube. Se tem clube, não tem candidatura. Deixar o Grêmio para uma atividade política, seja majoritária ou proporcional, não me passa pela cabeça nesse momento”
Palmeiras como rival na final:
“O que o Palmeiras tem pela frente é muito forte. Eles vão jogar contra o River e, se passarem, terão uma final no dia 30 de janeiro, além do Brasileirão. Creio que esse acúmulo de jogos trará os mesmos problemas que nós tivemos antes do São Paulo. Esse acúmulo de jogos trará uma situação para eles superarem, mas também entendemos que o Palmeiras não está chegando a decisões por acaso. É um adversário que merece nosso total cuidado”