À Rádio Guaíba durante esta sexta-feira, o presidente gremista Romildo Bolzan tratou do polêmico tema que dominou o futebol brasileiro nos últimos dias: a Medida Provisória (MP) 984, que altera as regras de direitos de transmissão de televisão no futebol brasileiro.
Ele lembrou que o Grêmio está protegido em um primeiro momento, uma vez que os atuais contratos vão até 2024. Mas lamentou a forma como o processo foi conduzido pelo Governo Federal:
“Em um primeiro momento, não nos afeta em absolutamente nada. Para mim, o principal não está nas questões jurídicas ou mérito da MP, para mim, o mais importante foi a falta de uma consulta prévia, de um ajuste, de um encaminhamento, para que fosse possível um debate amplo entre todos os envolvidos”, disse, antes de concluir:
“A matéria tem mérito, mas a forma como foi encaminhada, um só clube, debate por um governo inteiro, sem se criar a condição de diálogo, sem consultar os demais está equivocada”, avaliou. “Só existe um caminho para esta MP, não ser aceita pelo Congresso, pois não tem caráter de urgência. Devolver para o governo e estabelecer uma conversa sobre o tema”, sugeriu. “Em um momento que estamos com 70% dos contatos televisivos suspensos, temos de reagir, os clubes precisam debater para não serem escolhidos pelo debate”.
No mesmo tom, mas com mais críticas direcionadas ao Flamengo, o diretor-jurídico Nestor Hein também fez as suas considerações à Bandeirantes. A MP delibera sobre tópicos referentes ao futebol, tendo o maior impacto a mudança nos direitos de transmissão, que agora podem ser negociados diretamente pelos times mandantes dos jogos, sem a anuência do visitante.