As vitórias do ex-zagueiro Paulo André e do volante Maicon, do Grêmio, diante de Corinthians e São Paulo na justiça, respectivamente, ligou um alerta no cenário esportivo: estariam os clubes ameaçados pelas regras da CLT? A resposta do Grêmio é não.
Os dois clubes paulistas perderam seus processos para os jogadores por conta de valores referentes aos domingos e feriados trabalhados, além dos adicionais noturnos. Contudo, os modelos de contratos que são estabelecidos pelo Grêmio são completamente diferentes. Em entrevista a TV Bandeirantes, o CEO do clube, Carlos Amodeo, falou sobre o tema.
“Eu desconheço os casos específicos judiciais, tanto do Maicon contra o São Paulo, quanto o do Paulo André junto ao Corinthians. O que posso dizer é que a lei Pelé estabelece uma determinada remuneração acessória. Então o atleta recebe três diferentes verbas: uma salarial, uma acessória e outra de direito de imagem. A função da acessória é compensar uma série de questões trabalhistas que individualmente poderiam ser tratadas. O Grêmio já pratica em todos os seus contratos a divisão as verbas nessas três diferentes opções, buscando atender o máximo possível daquilo que a legislação estabelece. Como desconheço esses casos específicos, tenho dificuldade de emitir um juízo de valor”, disse o dirigente.
Amodeo garante que o clube está preparado para eventuais problemas, já que tomou previamente as medidas protetivas. Segundo ele, não apenas os contratos dos atletas foram blindados, mas, inclusive, o dos funcionários.
“O que posso garantir é que o Grêmio vem adotando todos as medidas jurídicas e modelagens de contratação com o objetivo de preservar o clube contra qualquer contingência trabalhista, não só dessa natureza, mas como outras que poderiam surgir. E isso não é só relativo a atletas, mas também aos nossos demais colaboradores”, concluiu.